
Há poucos dias da Copa do Mundo na Rússia a Fundação Palmares lança uma série de textos dedicados a uma das paixões nacionais: o futebol.
Os textos usam personagens como Pelé para mostra o protagonismo negro no futebol e as cenas de racismo nos campos sofridas pelos jogadores. É uma forma de mostrar que o racismo existe no futebol e conscientizar de que precisamos mudar essa cultura de preconceito.
Em campo pelo futebol e contra o racismo
Vários jogadores negros se destacam no futebol no mundo inteiro, mas esse caminho pode ser doloroso, pois o racismo sempre esteve em campo. Nem mesmo Pelé escapou da descriminação. Assim que chegou ao Santos, Edson Arantes do Nascimento passou a ser chamado de “Gasolina” pelos outros jogadores do time. O apelido se referia à cor da substância que dá origem a esse combustível, o petróleo, negro como a sua pele. Ao longo da carreira, continuava a ser chamado por outras palavras como “crioulo’ e comparado à figura folclórica do Saci Pererê. São os termos que mais aparecem nos jornais dos anos 60 em referência a ele. Porém, Edson nunca se deixou abater. “O que eu ouvia me chateava tanto que eu ia lá e arrebentava o time adversário”, relatava Pelé.
Casos de discriminação racial fazem parte da história do futebol desde que o esporte chegou ao Brasil. No início, o esporte adotado pela elite excluiu os negros. No Brasil, em alguns clubes eles foram proibidos de jogar até a década de 1950, como no caso do Grêmio. O Vasco da Gama foi o primeiro clube a aceitar oficialmente esportistas negros.
O preconceito presente nos estádios no Brasil e no exterior reflete o existente nas sociedades. Mais do que nunca, estes episódios vergonhosos precisam acabar. O esporte existe para unir as pessoas e as nações e não para separá-los pela cor da pele ou por qualquer outro motivo.
Fonte: Fundação Palmares