Empregabilidade x afroempreendedorismo no Brasil

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Peço licença ao Movimento Black Money para publicar um artigo muito importante sobre afroempreendedorismo no Brasil. O artigo foi extraído do site Negócios com Café.

Pesquisas apontam que a maior parte do crescimento econômico neste século foi apropriada pelos 10% mais ricos da população. De que maneira podemos reduzir as disparidades na distribuição de renda no Brasil? O intuito é retornarmos a riqueza que produzimos para nós mesmos.

Conforme pesquisa da Oxfam, a renda média mensal dos negros no país é de R$898,00 enquanto que a dos brancos é 76% maior, o equivalente a R$1589,00. Nesse ritmo Negros e Brancos só terão paridade de renda em 2089. Esse dado ainda é muito otimista visto que outras pesquisam apontam que ainda são necessários 150 anos para a extinção da disparidade econômica entre brancos e negros no Brasil.

A inserção dos afrodescendentes nas grandes empresas apresentou um pequeno crescimento nos últimos anos, porém se considerarmos que os negros correspondem à metade da população brasileira é perceptível que as oportunidades no mercado de trabalho estão longe de serem iguais. Segundo IBGE, a cada 3 desempregados no Brasil, 2 são afrodescendentes.

Empresas como a Bayer Brasil fomentam, em seus processos de treinamento e de aquisição de talentos, a diminuição da desigualdade racial ao colocar metas com percentuais de contratação de negras e negros. Aos poucos o empresariado brasileiro tem visto o movimento global de inclusão étnica racial como grande oportunidade de alavancar também seus resultados além de corroborar para a justiça social. Mas esse movimento ainda é lento pelo tamanho da necessidade da população negra no país.

A partir do momento em que pararmos de consumir de empresas desiguais forçamos o sistema a se adaptar a real necessidade desse público que está em busca de melhor representatividade e espaços.

Pensando em toda essa movimentação e o poder de consumo da população negra no Brasil: Que serviços temos contratado? Quais empresas estão realmente atentas às necessidades desse consumidor cada vez mais ativo? Por que devo investir em empresas que não me representam em sua publicidade, que não possuem profissionais negros em todos os níveis de sua estrutura?

É lamentável falar isso, mas em pleno século XXI, ano 2017, ainda existe um grande problema na diversidade das empresas com relação às posições de comando ocupadas por brancos e  negros. Além da falta de diversidade em posições de liderança temos um menor coeficiente de negros em empregos formais do que brancos, e ainda existem empresários que negam que isso ocorra no Brasil.

Segundo dados do Instituto Ethos, não há tendência de melhora na participação de negras e negros em posições de liderança das grandes empresas e apenas 3,6% delas têm políticas para inserção de afrodescendentes no quadro de funcionários. Em 2010, negros eram 5,3% dos executivos. Em 2015, 4,7%. Em 2007, eram 17% dos gerentes, e em 2015 sua proporção caiu para 6,3%. O que estamos fazendo para mudar esses dados?

Importante investirmos os resultados dos nossos trabalhos e esforços em iniciativas realmente inclusivas, que fazem a balança da justiça social e econômica se equilibrarem. Investir em empreendimentos negros é um ato político na busca da independência e sustentabilidade que tanto almejamos.

Para driblar os limites impostos pelas corporações e dar vazão ao seu potencial criativo muitos decidem empreender. De acordo com levantamento feito pelo Sebrae, com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), 50% dos donos de negócio são afrodescendentes, 49% são brancos e 1% pertencem a outros grupos populacionais. Como os afroempreendedores conseguem se manter e ainda fomentar a economia do país? Nem 30% dos empreendedores são empregadores (possuem ao menos 1 empregado) o que demonstra que a população negra a partir de seu poder de inovação busca abrir seu próprio negócio para sobreviver à recessão e ao desemprego.

Tendo como tema central o Afroempreendedorismo e a prática do #BlackMoney, alguns empreendedores participaram da reportagem do Mundo S/A como exemplo da potência do mercado negro e do afroconsumo. Convidados do programa: Clube da Preta, Diaspora.Black, Feira Preta, Painel Bap e Movimento Black Money. Assista:

Precisamos apoiar o empreendedor negro para que ele possa cada vez mais virar empregador e gerar renda dentro da comunidade negra. O papel de cada um é crucial dentro desse ecossistema, afroconsumo liberal para ascensão política e econômica no coletivo.

Essa é a luta do MBM, junte-se:

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Fonte: Negócios com Café

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