Era novembro de 2020. Um ano pandêmico, difícil para todos. Mas percebemos que para as religiões de matrizes africanas a dificuldade tinha intensidade. Isso porque mesmo com a liberação da abertura dos templos religiosos, as comunidades tradicionais de matrizes africanas preferiram não abrir para preservar a vida dos trabalhadores da casa e dos visitantes.
No entanto, essas religiões não possuem meio de subsistência. Vivem de doações. E durante a pandemia do Covid-19 essas doações cessaram, já que não havia visitas. Com isso, muitos terreiros ficaram sem ter como se manter, como ajudar a comunidade que ainda seguia precisando de ajuda.
Além disso, soma-se o racismo religioso que é forte no Distrito Federal. O desconhecimento sobre as matrizes africanas e o racismo institucional exercido por uma capital segregadora silencia as religiões e faz ficar sempre vivo e forte o racismo religioso contra as comunidades tradicionais de matrizes africanas. A violência é uma realidade contra o povo de terreiro. E o que ajuda a cessar o preconceito? O conhecimento.
Por isso, aqui no Brasilidade Negra resolvemos dar voz às matrizes africanas. Mostrar quem são, como são e o benefício social que essas casas possuem, além de dar espaço para um pedido de ajuda para cada uma dessas casas que fazem o bem.
Aqui, matriz africana, você tem voz e vamos fazer essa voz ecoar em todo canto:
Ficha Técnica:
Idealização: Juliana Silva e Cléber Araújo
Roteirização: Juliana Silva
Captação e edição de imagem: Cléber Araújo
Trilha Sonora: Ogãs Bruno e Alex – Templo Rosa Branca
Todo o trabalho foi feito com as devidas precauções, de acordo com as normas da OMS, para o período de pandemia.